Por Julia Alves Pennachin
A compostagem é o processo aeróbico, ou seja, sempre dependendo do fluxo de oxigênio para que ocorra a ciclagem da matéria orgânica por meio da aceleração da decomposição dos resíduos sólidos orgânicos. Esse tipo de processo tem como material final o adubo sólido, conhecido também como substrato e o adubo líquido, conhecido como biofertilizante ou chorume.
PANORAMA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL
Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE) em 2020 foram gerados cerca de 79 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU) em todo território nacional, sendo que com o início da pandemia da COVID-19 houve um aumento significativo de 10% dos resíduos gerados.
Ainda segundo dados da ABRELPE, 45% dos resíduos sólidos urbanos gerados correspondem a resíduos orgânicos, totalizando cerca de 36 milhões de toneladas, ou seja, anualmente são descartados 170 kg de resíduos orgânicos por pessoa no Brasil.
CONSEQUÊNCIAS
O resíduo orgânico descartado de forma ambientalmente incorreta acaba sendo destinado a aterros sanitários e lixões a céu aberto trazendo como consequência o aumento da emissão de gases de efeito estufa, os chamados GEE. Isso acontece porque a decomposição deste tipo de resíduo em lugares inadequados gera o gás metano.
Em 2019 o setor de resíduos respondeu por 4% do total de emissões de GEE no país e a cada ano os resíduos geram cerca de 96 milhões de toneladas de CO2 equivalente.
QUAL O PAPEL DA COMPOSTAGEM?
A partir de todo esse panorama é possível encontrar algumas soluções para mitigar os problemas causados pelo descarte ambientalmente incorreto de resíduos orgânicos, e a compostagem é uma delas.
Além de promover a educação ambiental e de aumentar a nossa responsabilidade no cuidado com os resíduos que geramos, a compostagem é uma forma de causar menos impacto no meio ambiente, quando levamos em consideração a quantidade de resíduos que geramos.
Processo de compostagem com minhocas (foto por Julia Alves)
A prática de compostagem evita a emissão de gases de efeito estufa em uma proporção de 3 kg de CH4 por tonelada de resíduo gerado e compostado. Além disso, a compostagem reduz cerca de 50% dos resíduos sólidos produzidos nas residências e aumenta a vida útil dos aterros sanitários promovendo a destinação correta dos resíduos orgânicos e tendo como produto final o fertilizante sólido, mais conhecido como adubo.
REFERÊNCIA
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